domingo, setembro 10, 2006

Saudade

«São muitas as músicas, muitas mesmo, aquelas que lhe lembravam dela. Por isso ele parou de as ouvir, às músicas. Ele já não se podia lembrar dela. E porquê? Porque razão não podia ele lembrar-se dela? Doía-lhe a alma quando se lembrava dela e esse pensamento divagava pela sua mente como uma folha de outono divaga ao sabor do vento. Havia algo que não estava bem. Ele amava-a, isso era certo!! Mas, será que ela o amava da mesma maneira? Mas, como é que se quantifica o quão se ama uma pessoa? Ou como é que se pode aferir quem ama mais? A verdade é que ele já nem no próprio quarto se sentia bem. Já não era possivel estar no computador com Jack Johnson a ser a música de fundo, tocada pelo Windows Media Player. As paredes do quarto estavam pintadas com lágrimas, das vezes em que chorou por ela encostado ao seu armário, e com gotas de suor das tardes mais quentes em que dividiu a sua cama de solteiro com ela. Triste, mas sobretudo derrotado, ele lá se encostou no seu canto, à espera que a dor passasse. E agora estão a pensar que essa dor nunca mais passou e ele viveu infeliz para sempre. Enganam-se redondamente!! Hoje estou feliz, e por isso, a minha personagem de hoje (e quem sabe, personagem para futuros posts) vai ficar feliz. Ele e ela entenderam-se. Ele chegou à conclusão que a amava e só podia ficar com ela. E ela assim pensava. Mas então o que o fez deixar de ouvir a música que lhe lembrava Yahel (esse é o nome dela)? A resposta é fácil.

Foi a saudade...»

1 comentário:

Anónimo disse...

e deixou nesmo de ouvir as musicas..?