domingo, fevereiro 25, 2007

Parabéns primo

Hoje está a ser um dia incrivelmente difícil para mim. Era suposto ser um dia normal. Um sábado normal. Acordei tarde, por volta do meio dia e meia, e só quando ouvi o tiririri irritante do despertador do telemóvel. Tinha torneio de poker on-line às 13 horas e não havia tempo a perder. Levantei-me e vim para a sala tomar o pequeno almoço e preparar-me para a jogatina. Os meus pais iam jantar fora e o meu irmão como bom adolescente que é estava metido no quarto, remetido ao seu “isolamento”, mas com o Messenger ligado. O torneio de poker correu bastante bem apesar d ser só o meu 3º torneio. Em 250 participantes (mais coisa menos coisa) fiquei classificado em 7º lugar e fui à mesa final o que é óptimo e superou completamente as minhas expectativas. Almocei qualquer coisa rápida cá em casa e arranjei-me para sair com o meu mano. Fomos às compras. Já há muito que não íamos os dois às compras e ele é que ia fazer compras, mas eu para variar não me contive e acabei por gastar bem mais dinheiro do que ele!!!

Viemos para casa e arranjamo-nos para ir para o jantar de anos do nosso primo. Jantamos, divertimo-nos e acabamos a noite num (degradante) bar chamado “Habana” (já tão a ver o género de música!!). Vim pra casa e agora estou a escrever sobre o meu dia e a tentar mostrar o quão difícil ele foi.. Não tive grande sucesso pois não? Dizem vocês, mas o que é que este dia teve de difícil?

Pois… Mesmo que tentasse explicar, nunca conseguiria fazê-lo.. Mas confiem em mim.. Foi um dia horrível….

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Não quer comentar? Então FODA-SE

«Foda-se

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?

O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Liberta-me.

"Não quer sair comigo?! Então, foda-se!"

"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! Então, foda-se!"

O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição. Os palavrões não nasceram por acaso.
São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão matemática.

A Via Láctea tem estrelas comó caralho, o Sol é quente comó caralho, o universo é antigo comó caralho, eu gosto de cerveja comó caralho, entendes?

No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".
Nem o "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.
O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto. Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida.

Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência. Solta logo um definitivo "Jorginho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!". O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba.

Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito assim, põe-te outra vez nos eixos.

Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.

E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"? Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai levar no olho do teu cu!"?

Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima. Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar:
"Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".

Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a conduzir bêbedo, sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"

Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!
»

Millôr Fernandes

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Não digas palavrões caralho!

«Já me estão a cansar... parem lá com a mania de que digo muitos palavrões, caralho! Gosto de palavrões! Como gosto de palavras em geral. Acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de dialogar... mas dialogar com caracter! O que se não deve é aplicar um bom palavrão fora do contexto, quando bem aplicado é como uma narrativa aberta, eu pessoalmente encaro-os na perspectiva literária! Quando se usam palavrões sem ser com o sentido concreto que têm, é como se estivéssemos a desinfectá-los, a torná-los decentes, a recuperá-los para o convívio familiar.

Quando um palavrão é usado literalmente, é repugnante. Dizer "Tenho uma verruga no caralho" é inadmissível. No entanto, dizer que a nova decoração adoptada para a CBR 900'2000 não lembra ao "caralho", não mete nojo a ninguém. Cada vez que um palavrão é utilizado fora do seu contexto concreto e significado, é como se fosse reabilitado. Dar nova vida aos palavrões, libertando-os dos constrangimentos estritamente sexuais ou orgânicos que os sufocam, é simplesmente um exercício de libertação. Quando uma esferográfica não escreve num exame de Estruturas "ah a grande puta" ("... não escreve!"), desagrava-se a mulher que se prostitui.

Em Portugal é muito raro usarem-se os palavrões literalmente. É saudável. Entre amigos, a exortação "Não sejas conas", significa que o parceiro pode não jogar um caralho de GT2. Nada tem a ver com o calão utilizado para "vulva", palavra horrenda, que se evita a todo o custo nas conversas diárias. Pessoalmente, gosto da expressão "É fodido..." dito com satisfação até parece que liberta a alma! Do mesmo modo, quando dizemos "Foda-se!", é raro que a entidade que nos provocou a imprecação seja passível de ser sexualmente assaltada. Por ex.: quando o Mário Transalpino "descia" os 8 andares para ir á garagem buscar a moto e verificava que se tinha esquecido de trazer as chaves... "Foda-se"!! não existe nada no vocabulário que dê tanta paz ao espirito como um tranquilo "Foda-se...!!".

O léxico tem destas coisas, é erudito mas não liberta. Os palavrões supostamente menos pesados como "chiça" e "porra", escandalizam-me. São violentos. Enquanto um pai, ao não conseguir montar um avião da Lego para o filho, pode suspirar após três quartos de hora, "ai o caralho...", sem que daí venha grande mal à família, um "chiça", sibilino e cheio, pode instalar o terror. Quando o mesmo pai, recém-chegado do Kit-Market ou do Aki, perde uma peça para a armação do estendal de roupa e se põe, de rabo para o ar, a perguntar "onde é que se meteu a puta da porca...?", está a dignificar tanto as putas como as porcas, como as que acumulam as duas qualidades. Se há palavras realmente repugnantes, são as decentes como "vagina", "prepúcio", "glande", "vulva" e escroto".

São palavrões precisamente porque são demasiadamente inequívocos... para dizer que uma localidade fica fora de mão, não se pode dizer que "fica na vagina da mãe" ou "no ânus de Judas". Todas as palavras eruditas soam mais porcas que as populares e dão menos jeito! Quem é que se atreve a propor expressões latinas como "fellatio" e "cunnilingus"? Tira a vontade a qualquer um! Da mesma maneira, "masturbação" é pesado e maçudo, prestando-se pouco ao diálogo, enquanto o equivalente popular "esgalhar um pessegueiro", com a ressonância inocente que tem, de uma treta que se faz com o punho, é agradavelmente infantil.

Os palavrões são palavras multifacetadas, muito mais prestáveis e jeitosas do que parecem. É preciso é imaginação na entoação que se lhes dá. Eu faço o que posso.»


Miguel Esteves Cardoso

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Hoje fui Chef

Hoje voltei a cozinhar. Mas a cozinhar um daqueles pratos que me dá mesmo gozo cozinhar. Então convidei pessoas com as quais me dá mesmo muito gozo estar. Marianita, Belota, Micas, Kapa, e Didi. O Didi e a Micas não puderam vir, com muita pena minha... Hoje estava inspirado, e já quando fui às compras sentia aquele arrepiozinho a cada ingrediente que procurava. 2 cebolas picadas, 5/6 dentes de alho picados, alho francês em rodelas grossas, tomate "espremido", cravinho, óleo de palma, óleo, manteiga, leite de côco, malaguetas e gambas e assim se faz um camarão à baiana =)

Eu achei óptimo, e o porreiro é que eles tamém acharam... =)

No fim de jantar peguei na guitarra(para a qual comprei umas cordas novas) e comecei a tocar com o pessoal a cantar..

De armandinho foram várias as músicas (Sentimento, Desenho de Deus, Ana Lua, Pegando a Saideira, Balanço da Rede, Eu Juro) já que a Belota tá apaixonada pelo rapaz!! Também deu pa tocar a Creep dos Radiohead, Sexual Healing do Ben (o HARPER) entre outras..

Foi uma boa noite.. =) super noite..

adoro-vos a todos, os que tiveram e os que não puderam vir.. beijinho/abraço pa todos(as)..


weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

domingo, fevereiro 04, 2007

Mil mil mil

«O amor é tudo,
essência, a essência do mundo
sem amor tudo é frio, cinza, vazio,
o claro parece escuro,
o dia não amanhece,
sem amor, o sinal é vermelho, solidão, desmantelo,
o coração não aquece,
quase nada acontece»

DJ PATIFE - LINK

Obrigado pelas 1000 visitas... EM GRANDE.. =)

sábado, fevereiro 03, 2007

O edifício mais bonito em que eu estive

Ontem à noite fui à CASA DA MÚSICA depois da primeira tentativa ter saído frustrada. Esta primeira tentativa deu-se no ano passado quando ganhei 1 convite duplo para ir assistir ao concerto comemorativo dos 20 anos da banda "Repórter Estrábico" (não sei se é assim que se escreve, mas é na "meior"!!) o qual foi adiado para uma data pouco conveniente para mim.
O que me levou à CASA DA MÚSICA (e escrevo em maiúsculas, porque estou rendido ao edifício) foi uma festa na qual um amigo meu iria actuar como DJ. O tema da festa era "EYES WIDE SHUT" e posso assegurar que foi uma grande festa. Muito bem frequentada, com uma grande música que servia de pano de fundo à conversa que tinha com os meus amigos. Adorei não só o espaço, mas também a sessão de fotos que eu e a Juca levamos a cabo, assim como as maluqueiras do Cajó e a dança à "intervalo de jogo de futebol no estádio" que o Belhão executava com mestria. Adorei a vossa companhia.. Por isso, pra vocês... um grande ABRAÇO/BEIJO =)